O Plenário do Senado aprovou, nesta quarta-feira (11), projeto que obriga beneficiários de bolsas de estudos de programas da União a colaborarem com estabelecimentos públicos de educação básica. O Projeto de Lei do Senado (PLS) 224/2012, de autoria do senador Cristovam Buarque (PDT-DF), segue agora para análise da Câmara dos Deputados.
A senadora Ana Amélia (PP-RS), relatora do projeto, definiu Cristovam como “mestre” e relatou que também foi bolsista em sua juventude. A parlamentar recebeu uma bolsa do então governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, quando tinha 12 anos. Ela lembrou que dizia que quando encerrasse o curso com aquela bolsa, trabalharia para pagar aquele tempo de estudos que teve gratuitamente.
— Não há como não entender que a iniciativa do Senador Cristovam Buarque com aqueles estudantes, que, tendo a oportunidade de ter chegado a conhecer a Europa, os Estados Unidos, a América do Norte, a Ásia, podem trazer um pouco daquele conhecimento que tiveram de culturas diferentes, de alimentação, de formas de viver, e compartilhar com os alunos, com os jovens. Isso vai estimular os alunos que ouvirem essas explicações, essas informações, que se beneficiarem desse compartilhamento. Esse conhecimento poderá despertar neles também o interesse para fazer o mesmo ou até alcançar voos maiores — opinou Ana Amélia.
O senador Reguffe (PDT-DF) disse que o projeto é meritório. Segundo Reguffe, é importante que os bolsistas devolvam para a sociedade parte do investimento que foi feito pelo país.
Pelo texto, os bolsistas deverão prestar serviços de divulgação, formação e informação científicas e educacionais em estabelecimentos públicos de educação básica. A carga horária prevista é de, no mínimo, quatro horas semanais. Segundo Cristovam, o objetivo da proposta é disseminar o interesse pelas ciências.
Na justificativa do projeto, o senador argumenta que, desde cedo, as crianças aprendem sobre arte e esporte, mas poucas se interessam pelas matérias científicas. Hoje, adverte Cristovam, há milhares de cientistas em formação, como bolsistas, financiados a alto custo por órgãos do governo. Entre as iniciativas que atendem esses estudantes, ele citou o programa Ciências sem Fronteiras.
O projeto determina que a forma de participação dos bolsistas deve ser definida pelos órgãos federais competentes, em conjunto com as secretarias estaduais e municipais de educação. Já os bolsistas no exterior deverão cumprir o compromisso após o retorno ao Brasil, durante período igual ao de duração da bolsa.
Fonte: Agência Senado e Assessoria de Imprensa
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