A senadora Ana Amélia (PP-RS), que presidiu a audiência e também foi a requerente do debate, apresentará um relatório sobre a política de pesquisa agropecuária. Ela destacou a necessidade de mais investimentos no setor.
— O Brasil está numa crise grave, mas o trabalho desenvolvido na área de pesquisa é motivo de orgulho de todos esses cientistas e pesquisadoras que demonstram um comprometimento extraordinário com o país. A prioridade é continuar tendo uma política pública eficaz, dando a ela a prioridade que merece. E isso pressupõe recursos suficientes no Orçamento — afirmou.
O coordenador da área de Ciências Agrárias do MEC, Luiz Carlos Federizzi, revelou que atualmente 24 mil acadêmicos desenvolvem estudos de pesquisa agrícola. No total são 420 programas de pós graduação em Ciências Agrárias. Os programas formam 5,2 mil mestres e 2,7 mil doutores por ano. Federizzi disse ainda que essa mão de obra especializada é absorvida pelas grandes empresas do setor.
— Quando o boom do agronegócio chegou, nós já estávamos preparados. As grandes empresas brasileiras não precisaram trazer ninguém de fora. Contrataram aqui mesmo, porque tinha gente formada aqui. Isso se dá por termos uma oferta de mão de obra qualificadíssima. Não precisamos importar talentos — afirma.
O representante do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, José Garcia Gasques, destacou o crescimento da produtividade agrícola no Brasil. Citando dados do governo dos Estados Unidos, ele afirmou que, em 2012, o agronegócio cresceu 4%, enquanto a média mundial ficou em torno de 1,84%.
— Por que o Brasil teve essa taxa de crescimento tão elevada? Porque o país fez pesados investimentos em pesquisa e extensão. Para mantermos as metas de produção de grãos e carnes, vamos ter que continuar fazendo um forte investimento em pesquisa e infraestrutura — afirmou.
O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações mantém a Rede de Laboratórios de Resíduos e Contaminantes, cujo objetivo é garantir a segurança sanitária dos alimentos, tanto para os brasileiros quanto para os consumidores de outros países.
O ministério deve concluir nos próximos dois meses uma estratégia nacional de ciência, tecnologia e informação para nortear as ações da pasta até 2022. Um dos temas colocados como prioridade é a qualidade dos alimentos, como explicolu Sávio Raeder, do departamento de Políticas e Programas de Ciências.
— Vamos definir ações na produção agrícola sustentável, no apoio a projetos de melhoramento genético, na pesquisa em biotecnologia, bioinformática, nanotecnologia, fertilizantes de fontes alternativas e controle fitossanitário, a partir de produtos de baixo impacto ao meio ambiente e baixo risco à saúde humana — disse.
Fonte: Agência Senado e Assessoria de Imprensa
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