Responsável por gerar mais de 280 mil empregos em 2017, o setor calçadista poderá ser duramente atingido caso o governo reduza a alíquota para a importação de calçados esportivos. Essa foi a conclusão de audiência pública realizada nesta terça-feira (08), na Comissão de Assuntos Sociais do Senado (CAS).
No debate, requerido pela senadora Ana Amélia (Progressistas-RS), representantes da indústria de calçados, de empresas estrangeiras do setor, do governo e de trabalhadores na indústria calçadista apontaram os principais impactos caso a medida seja adotada. A senadora gaúcha alertou que a redução do imposto trará consequências negativas nos campos social e econômico.
— Caso seja reduzido para 20%, como proposto pelos importadores, deverá aumentar o desemprego neste dinâmico setor, que recém se recuperara de uma grave crise — alertou.
O presidente-executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Heitor Klein, disse que a redução no imposto impactaria no setor e, consequentemente, na economia brasileira. Klein revelou que apenas a fabricação de calçados gera, por ano, em massa salarial, R$ 5 bilhões. A atividade está presente em 25 estados.
Da mesma opinião, o representante do Sindicato da Indústria Calçadista de Parobé, Pedro Grendene, ponderou que a alíquota de 35% cobrada hoje é uma forma de equilibrar a competitividade entre a indústria brasileira e as empresas estrangeiras.
O secretário-Geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias do Setor Têxtil, Vestuário, Couro e Calçados – CONACCOVEST, Rogério Aquino, também mostrou preocupação com a mudança.
— Só o setor de calçados gera 285 mil empregos diretos. Estamos falando de mão de obra qualificada. Se essas pessoas perdem o emprego, precisamos refazer todo o trabalho de formação desses profissionais — disse.
A presidente da Associação da Indústria e Comércio Esportivo, Marina Egydio de Carvalho, ponderou que o pedido das empresas estrangeiras é pela redução do imposto no período de um ano. Marina argumentou que entre 2014 e 2017 essas empresas investiram R$ 4 bilhões no Brasil, somada a mesma quantia apenas em tributos.
Fonte: Agência Senado e Assessoria de Imprensa
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