Comitiva formada por parlamentares, a convite da Marinha do Brasil, esteve nesta semana na Antártica para conhecer a Estação Comandante Ferraz e as ações do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR), desenvolvido há 35 anos no continente. A senadora Ana Amélia (Progressistas-RS), integrante da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, participou da missão.
A Estação está sendo reconstruída após incêndio ocorrido em 2012. O trabalho deverá estar concluído no ano que vem. O PROANTAR, realizado na Baía do Amirantado, é responsável pelas pesquisas na região, que envolve o estudo de pássaros e animais marinhos, além do clima, composição, densidade e temperatura da água, ventos e minerais. O continente antártico é o principal regulador térmico do Planeta e detentos de recursos minerais e energéticos incalculáveis.
No trajeto de Punta Arenas, no Chile, até a Estação Comandante Ferraz, há suporte logístico às equipes do navio de apoio oceanográfico Ary Rongel H44, até a base chilena da Força Aérea, na ilha King George. Dali, helicópteros Esquilo chegam ao navio. Do navio até a Estação Comandante Ferraz, o deslocamento é em botes infláveis.
Estudos
Segundo a Marinha, ao longo das últimas décadas, importantes observações científicas, dentre as quais, as relativas à redução da camada protetora de ozônio da atmosfera, à poluição atmosférica e à desintegração parcial do gelo na periferia do continente, evidenciaram a sensibilidade da região polar austral às mudanças climáticas globais.
A pesquisa científica da região austral, na qual o Brasil se engajou desde o final do século XIX, é de indubitável importância para o entendimento do funcionamento do sistema Terra. Esclarecer as complexas interações entre os processos naturais antárticos e globais é, pois, essencial para a preservação da própria vida.
A condição do Brasil de país atlântico, situado a uma relativa proximidade da região antártica (é o sétimo país mais próximo), e as óbvias ou prováveis influências dos fenômenos naturais que lá ocorrem sobre o território nacional, já de início, justificam plenamente o histórico interesse brasileiro sobre o continente austral.
Essas circunstâncias, além de motivações estratégicas, de ordem geopolítica e econômica, foram fatores determinantes para que o País aderisse ao Tratado da Antártica, em 1975, e desse início ao PROANTAR, em 1982.
A entrada do Brasil no chamado Sistema do Tratado da Antártica abriu à comunidade científica nacional a oportunidade de participar em atividades que, juntamente com a pesquisa do espaço e do fundo oceânico, constituem as últimas grandes fronteiras da ciência internacional.
Fonte: Agência Senado e Assessoria de Imprensa
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