As exportações gaúchas poderão ser ampliadas para países africanos, como Camarões e Chade. A avaliação é da embaixadora Vivian Loss Sanmartin, sabatinada na última quinta-feira (22), pelos integrantes da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado (CRE), da qual a Senadora Ana Amélia (Progressistas-RS) faz parte. Durante questionamentos feitos pela parlamentar, a embaixadora citou estudo do Ministério das Relações Exteriores apontando potencialidades para a importação de arroz, máquinas, ônibus, tratores e automóveis, itens produzidos no Rio Grande do Sul. Atualmente, a corrente de comércio entre os dois países é descontínua e impactada por problemas sociais e políticos das duas nações africanas. Na avaliação da embaixadora, a África é um continente com enorme potencial de crescimento, com 300 milhões de pessoas na classe média, riquíssimo em recursos naturais e com uma maioria de população "jovem e entusiasmada".
Durante a sabatina, Vivian Sanmartin defendeu a diplomacia Sul-Sul e a abertura e manutenção de representações brasileiras no continente africano. Reforçou que a África já é tratada internacionalmente como "a próxima fronteira do desenvolvimento capitalista", e disse que o Brasil vai ficar para trás se não solidificar estratégias para a ocupação desses mercados.
- A China por exemplo, somente em seu plano quinquenal 2016-2020, está investindo U$ 60 bilhões em países africanos. São 300 projetos de infraestrutura, uma presença avassaladora. E eles não querem só recursos. Estão olhando para o potencial desses mercados. É claro que não vamos concorrer com a China, mas alerto que países como a Índia e a Turquia também já têm estratégias próprias voltadas para este continente - informou.
Na sabatina, Vivian Sanmartin disse que o governo de Camarões analisa a possibilidade de aquisição de aviões Supertucano da Embraer, o que será um dos focos de sua atuação caso tenha sua indicação confirmada pelo Senado. Outra prioridade, disse ela, será a exportação de produtos industriais como tratores, escavadoras e máquinas niveladoras.
- Aí a concorrência é direta com a China também. O mesmo se dá na exportação de automóveis, pneumáticos e turbinas hidráulicas, mas o potencial existe, é uma questão de ocupação de mercados - disse a embaixadora gaúcha.
Fonte: Agência Senado e Assessoria de Imprensa
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