Planejamento, investimento e desburocratização. Esses são os principais passos para favorecer a logística de transporte no Brasil apontados por especialistas e senadores que participaram do painel sobre desafios e perspectivas do setor. Presente no evento do Instituto Legislativo Brasileiro (ILB), nesta quarta-feira (15), a coordenadora de economia da Confederação Nacional de Transportes (CNT), Priscila Santiago, defendeu um plano de transporte integrado e ressaltou a importância de uma política nacional com objetivos e metas de longo prazo bem definidos.
A especialista criticou o baixo investimento público em infraestrutura, que, ao longo das últimas décadas, vem diminuindo ainda mais. Em 1975 o percentual era de 1,8% do PIB do país e em 2015 caiu para 0,19%. Ela reclamou também dos vários órgãos que se sobrepõem na gestão de transportes e o índice de apenas 12,4% de quilômetros pavimentados com 57,3% das rodovias deficientes no estado geral de conservação.
- É preciso incentivar o investimento privado oferecendo segurança jurídica, garantir a qualidade nos investimentos públicos e renovar a frota para mudar esse quadro no Brasil - sustentou Priscila.
A senadora Ana Amélia (PP-RS) comemorou a oportunidade de discutir uma mudança das práticas atuais, que elevam aos custos dos produtos por causa da deficiência na logística de transporte. A senadora citou projeto apresentado por ela para limitar em 25% do valor inicial os aditivos em contratos de obras, serviços e compras. A proposta (PLS 25/2012) já foi aprovada no Senado e enviada à análise da Câmara.
- Quando se planeja, corre-se o risco de acertar, mas quando não planejamos, nunca acertamos. Precisamos ser sérios, responsáveis e ter compromisso para atrair investimentos - afirmou Ana Amélia.
O senador Wellington Fagundes (PR-MT), presidente da Frente Parlamentar Mista de Logística de Transporte e Armazenagem e da Comissão Senado do Futuro, afirmou que como relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) vem se deparando com um grande volume de obras inacabadas, o que impede novos investimentos. O senador mencionou também o relatório da Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) sobre o Plano Nacional de Logística de Transportes do governo federal apresentado por ele no início desse ano.
Fonte: Agência Senado e Assessoria de Imprensa
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