O Estado é o segundo maior produtor de leite do Brasil, atrás apenas de Minas Gerais. A produção anual atinge 4,6 bilhões de litros. A cadeia produtiva envolve mais de 600 mil gaúchos e está presente em 198,4 mil propriedades rurais no Estado.
Leia o artigo na íntegra:
Soluções para o leite
A iniciativa do governo estadual modificando as regras sobre a tributação da entrada de leite em pó pelo Rio Grande do Sul e a suspensão temporária pelo Ministério da Agricultura da importação de leite do Uruguai atenuam, mas não resolvem a aguda crise enfrentada hoje pelo setor de lácteos gaúcho. A importação, em grande escala, a queda no consumo, produção e estoques em alta impactaram no preço pago ao produtor, que atingiu níveis baixíssimos, não remunerando sequer os custos de produção. Trata-se da mais profunda crise já enfrentada pelo setor. Nos últimos dois anos, mais de 19 mil produtores abandonaram a atividade no Estado.
Ainda assim, somos o segundo maior produtor de leite do Brasil, atrás apenas de Minas Gerais. A produção anual atinge 4,6 bilhões de litros. A cadeia produtiva envolve mais de 600 mil gaúchos e está presente em 198,4 mil propriedades rurais no Estado, sendo que 97,6% dos que vendem ou processam o produto são agricultores familiares, que investiram na melhoria da produção e agora correm o risco de se inviabilizar seu negócio. Com isso, a economia dos municípios, já fragilizada, pode ser ainda mais afetada. São 494 municípios gaúchos com expressiva produção de leite no Estado. Os efeitos da crise revelam que quem mais sofre são os pequenos produtores, que trabalham de sol a sol, numa rotina que não conhece fim de semana ou feriado, calor, chuva ou geada, pois tem uma safra diária para produzir, fonte de subsistência e complementação de renda.
No Congresso Nacional tenho me somado à mobilização dos representantes do setor e das lideranças politicas gaúchas em busca de soluções de curtíssimo e médio prazo para essa grave situação. Levamos ao Ministério de Desenvolvimento Social proposta para aquisição de excedentes para serem utilizados nos programas sociais do governo federal. Além de reduzir os estoques, a medida teria alcance social ao oferecer produto de qualidade às instituições que atendem os menos favorecidos. Igualmente, encaminhei através da Comissão de Relações Exteriores do Senado sugestão para que parte do estoque seja doado pelo governo brasileiro, como ajuda humanitária, a países que enfrentam graves problemas de fome, de acordo com programa das Nações Unida que foi usado em passado recente para resolver problemas semelhantes com o arroz, no Rio Grande do Sul.
São medidas que sinalizam a importância de buscarmos soluções permanentes para a questão de lácteos, para que o produto, um dos alimentos mais consumidos pelos brasileiros, volte a se tornar competitivo, gerando renda para os produtores e contribuindo para o desenvolvimento da economia do Rio Grande do Sul.
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Fonte: Assessoria de Imprensa
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