— O produtor que mora longe da zona urbana fica refém dos criminosos e deve ter o direito de se defender. O crime organizado na área rural é responsável, também, por roubos de máquinas, veículos, contrabando e falsificação de sementes e insumos agrícolas, entre outras fraudes. O prejuízo aos produtores, estimado pela Farsul, é superior a R$ 70 milhões, sem contar os riscos à saúde pública — diz.
Leia a íntegra do artigo:
A insegurança no campo
A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado promove no próximo dia 27, na Fenasoja em Santa Rosa, audiência pública para debater questão de grande relevância, sobretudo para nosso Estado, que tem no agro 46% do seu PIB: “Segurança no Campo – desafios para a produção”. Ao propor esse debate pretendi debater, com especialistas, medidas para combater os crimes na área rural para proteger as famílias que vivem e trabalham no campo.
A criminalidade assumiu proporções alarmantes em todo o País. Preocupa, de forma mais dramática o meio rural e os pequenos municípios, carentes dos aparatos de segurança. Dados dos últimos dois anos, em apenas três estados, Minas, Goiás e Mato Grosso, registram mais de 70,9 mil casos de furtos e roubos em propriedades rurais. No Rio Grande do Sul não é diferente. Foram mais de 3,3 mil casos de abigeato, ou 70% dos crimes no campo, entre 2015 e 2016. O crime organizado na área rural é responsável, também, por roubos de máquinas, veículos, contrabando e falsificação de sementes e insumos agrícolas, entre outras fraudes. O prejuízo aos produtores, estimado pela Farsul, é superior a R$ 70 milhões, sem contar os riscos à saúde pública.
O Rio Grande do Sul, entretanto, começa a reagir e dá exemplos de como enfrentar esse grave problema. A Frente Parlamentar de Combate aos Crimes Agropecuários, liderada na Assembleia Legislativa pelo deputado Sérgio Turra, já contabiliza resultados positivos, como a instalação, em Bagé e Santiago, das primeiras cinco delegacias especializadas na repressão aos crimes rurais e abigeato. A iniciativa, pioneira no Brasil, é uma reivindicação da Frente Parlamentar. Até então, uma força tarefa da Policia Civil já havia realizado ações por todo o Estado e, graças a isso, só no primeiro bimestre deste ano registrou uma queda de 30% nos furtos e roubos de animais.
No Senado votei favoravelmente à proposta em tramitação para autorizar o porte de arma de fogo na zona rural, de autoria do deputado Afonso Hamm. O produtor que mora longe da zona urbana fica refém dos criminosos e deve ter o direito de se defender. Ao me posicionar dessa forma e avançar nesse debate me incorporo ao esforço, no Senado, para dar prioridade à segurança pública, na agenda legislativa. Não adianta ficar só na retórica e nada fazer, na prática. Passa da hora de estabelecermos também a segurança rural como prioridade das administrações municipais e dos governos feral e estaduais.
Fonte: Agência Senado e Assessoria de Imprensa
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