Durante a sabatina alguns senadores, questionaram os diplomatas
sobre algumas políticas adotadas pelo Brasil nos últimos anos em relação a
países africanos, como acordos de cooperação, perdões de dívidas ou até mesmo a
validade quanto à abertura e manutenção de embaixadas em algumas destas nações.
A senadora Ana Amélia (PP-RS) perguntou aos embaixadores como o Brasil pode estreitar
relações econômicas com os países africanos. A embaixadora Ana Maria Morales
adiantou que o país atualmente desenvolve 176 projetos no Zimbábue voltados
para o Agro.
— Há hoje um oásis verde no Zimbábue que é fruto do trabalho da embaixada
brasileira — comentou.
Ana Maria Morales lembrou também que, por exemplo, o presidente de Zimbábue,
Robert Mugabe, com freqüência faz menções positivas ao Brasil em eventos e
pronunciamentos públicos, devido à colaboração com o país na área da
agricultura.
— Provavelmente somos a nação ocidental mais bem vista em todo o Zimbábue, já que eles historicamente tem tido uma relação conflituosa com os EUA e a Europa. O programa Mais Alimentos Internacional, por exemplo, tem contribuído para uma melhoria estrutural na vida de muitos pequenos produtores — afirmou.
Aproximação
A celebração de mais acordos de cooperação também deve ser o foco de Colbert Soares Júnior, caso sua indicação para a representação em Zâmbia seja confirmada em Plenário pelo Senado. Ele reforçou que os laços entre o Brasil e este país da África austral se intensificaram bastante a partir da reabertura de nossa embaixada em 2007, e a prioridade agora é a efetivação de acordos em áreas da bioenergia, como a produção de etanol, de biodiesel a partir do cultivo da soja e a geração de eletricidade proveniente da queima de biomassa.
Ao avaliarem a inserção no continente africano e a parceria de nações de outros continentes com os países da África, ambos os diplomatas citaram a forte presença chinesa hoje em praticamente todas as nações, também massiva no Zimbábue e Zâmbia. As parcerias com a China se dão em grandes investimentos em infraestrutura, no desenvolvimento da agricultura e até mesmo na migração, com dezenas de milhares de chineses hoje vivendo e fazendo negócios na África.
Fonte: Agência Senado e Assessoria de Imprensa
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