Em pronunciamento no Plenário do Senado na manhã desta sexta-feira (14), a senadora Ana Amélia (PP-RS) cobrou "responsabilidade" de todos os atores envolvidos no debate político atual, marcado por um cenário de crises no campo econômico e institucional com potencial para tornarem-se mais graves.
A senadora referiu-se à fala do presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, durante solenidade ontem com a presidente Dilma Rousseff e representantes de outras entidades trabalhistas e de movimentos sociais. Na ocasião, Freitas disse que militantes estariam dispostos a "se entrincheirarem e pegarem em armas" em defesa do mandato da presidente.
Para Ana Amélia, a declaração do sindicalista foi "totalmente inoportuna" e constrangedora para a própria Dilma. A senadora viu com alívio o fato de a manifestação de Freitas ter sido em seguida contraposta a outras durante e após a solenidade.
Ela referiu-se à fala da própria presidente, ao afirmar que o Brasil é uma democracia e deve-se sempre respeitar quem pensa de forma diferente. A senadora, que se declara independente e não de oposição ao governo, citou ainda que Dilma falou em "diálogo" e que "não é na pauleira que se resolvem as coisas num regime democrático".
— Além do mais, a cada ação intolerante poderá sobrevir uma reação também à mesma maneira. É preciso muito mais responsabilidade numa hora dessas — cobrou a senadora.
Ana Amélia citou telefonemas que recebeu em seu gabinete, de cidadãos que já estariam "temerosos" de participarem das manifestações previstas para o próximo domingo.
— Será que a fala do presidente da CUT é uma tentativa de intimidar quem está insatisfeito? — questionou, fazendo uma alusão ainda a uma fala do ex-presidente Lula no início do ano de que "o exército do Stedile (líder do MST)" também sairia em defesa de Dilma.
A senadora também elogiou o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcos Vinicius Coelho, por ter dito que no Brasil de hoje "não existe mais espaço para ameaças e violência política". Ana Amélia ainda mencionou que Freitas teria dito depois "ter sido mal interpretado".
Fonte: Agência Senado e Assessoria de Imprensa
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