A senadora Ana Amélia (Progressistas-RS), que participou do debate, destacou que o câmbio flutuante, as diferenças tributárias e a inexistência de cota de importação do leite em pó uruguaio fizeram com que o preço do litro de leite, produzido no Brasil, pago ao produtor, tenha caído a R$ 0,83, na média.
— As relações com o Uruguai no âmbito do Mercosul têm que continuar isonômicas. É preciso lembrar que o Uruguai criou, unilateralmente, uma cota para o frango brasileiro sob alegação sanitária, mesmo sabendo que o Brasil exporta para mais de 160 países — disse.
A parlamentar gaúcha pediu ao MDIC e aos ministérios das Relações Exteriores (MRE) e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) que resolvam o impasse rapidamente para evitar que os impactos da mais grave crise do setor lácteo se expandam. Ana Amélia também sugeriu que o Brasil compre o estoque excedente de leite brasileiro para utilizar em programas sociais do governo e da Organização das Nações Unidas (ONU).
— Apenas no Rio Grande do Sul, que tem a segunda maior bacia leiteira do país, nos últimos dois anos, 19 mil famílias abandonaram as atividades do setor por causa da redução gradual da renda — afirmou.
As importações no setor lácteo ganharam destaque em outubro deste ano quando o governo anunciou a suspensão temporária das licenças de importação de leite do Uruguai, um dos maiores fornecedores do Brasil. Segundo o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, a medida valerá até que seja comprovado que todo o volume exportado ao território brasileiro é realmente produzido naquele país.
Durante audiência pública, que contou com a participação de representantes do MDIC, Mapa, MRE e da Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite), os membros da CRA definiram que vão pedir ao governo de federal a prorrogação das dívidas dos produtores de leite.
Fonte: Assessoria de Imprensa
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