A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apresentou, nesta quarta-feira (9), o “Estudo sobre a Criminalidade no Campo”. O documento aponta o grave quadro de insegurança no meio rural e apresenta propostas para o combate e o efetivo enfrentamento da violência que atinge produtores, familiares e trabalhadores rurais.
Parte dos dados apresentado no estudo, foram antecipados durante audiência pública da Comissão de Agricultura do Senado, na Fenasoja, em Santa Rosa, requerida pela senadora Ana Amélia (Progressistas-RS). A parlamentar gaúcha participou da apresentação do estudo e destacou que a criminalidade está migrando das cidades para as zonas urbanas.
— Famílias de agricultores ou pecuaristas vivem um cotidiano de violência. É preciso dar prioridade a essa agenda e integrar esforços da administração municipal, estadual e federal para dar alguma segurança aos produtores rurais que, em 2017, tiveram participação de 21,6% no PIB, colhendo uma excelente safra — disse.
Com este estudo, elaborado pelo Instituto CNA (ICNA), a entidade busca o apoio do Poder Público para reduzir a ocorrência de crimes no campo, que têm sido cada vez mais comuns. As demandas do setor produtivo preveem, entre outros pontos, a padronização e a publicidade detalhada de informações sobre a ocorrência de crimes no campo, ações e programas específicos para a zona rural, projetos de prevenção e controle da criminalidade, além da criação de unidades especializadas de prevenção e combate às infrações.
No documento, a CNA pede também metas do poder público de redução da violência no campo e um conjunto de leis ao Legislativo para ajudar a enfrentar este desafio de redução dos crimes.
A entidade sugere, ainda, a criação de uma Ouvidoria Nacional específica para o campo para esclarecer dúvidas e fazer críticas e sugestões à atuação dos órgãos. A pouca disponibilidade ou até mesmo a ausência de informações sobre violência no campo foi a principal constatação da CNA ao fazer as propostas para conter os crimes na zona rural e para subsidiar as discussões acerca deste assunto.
Para traçar um cenário sobre a situação vivida hoje pelos produtores rurais, a entidade criou no ano passado o Observatório da Criminalidade no Campo, que reúne denúncias e os tipos de crimes cometidos nas propriedades, que podem ser feitas sob sigilo pelo site www.cnabrasil.org.br ou pelo WhatsApp (61) 99834 7773.
O Instituto CNA (ICNA) realizou amostras em 17 estados a partir das denúncias feitas ao Observatório. Os primeiros resultados mostram que os furtos representaram 49% dos crimes ocorridos, seguidos por roubos (33%), depredação (12%), assassinatos (35) e queimas (3%).
Das infrações praticadas, 54% ocorreram em propriedades de pecuária de corte e leite. Em seguida vêm grãos (13%), frutas (3%) e verduras e legumes (1%). Outro lado relevante constatou que 74% dos crimes foram em propriedades de até 500 hectares.
Fonte: Assessoria de Imprensa
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