— Essa rica experiência na atividade política me fez entender, na prática, a relevância do Parlamento, na democracia. Deixarei o Senado da mesma forma que entrei: ficha limpa. — disse.
Leia a íntegra do artigo:
A missão parlamentar
Aprendi mais em oito anos no Senado do que em quarenta anos no jornalismo. Posso dizer, também, que aprendi mais sobre a natureza humana em cinco campanhas eleitorais do que em toda a minha vida. Essa rica experiência na atividade política me fez entender, na prática, a relevância do Parlamento, na democracia.
Cheguei ao Senado no momento de grande descrédito e de uma péssima imagem do Congresso perante à sociedade. Não sem razão. Um grande número de senadores e deputados estavam no epicentro de um furacão batizado de Operação Lava Jato. Cabeças rolaram nesse período turbulento em que o estado de direito, no país, ganhou notoriedade porque alcançou o baronato de poderosas empreiteiras, cujos dirigentes, foram para atrás das grades, antes ocupadas por ladrões de galinha.
Nós, parlamentares, não somos juízes. Porém, a constituição e o regimento interno que regulam nossa atividade nos impõem a dolorosa missão de julgar colegas. Do início ao final deste meu mandato foram cassados dois senadores e afastada a Presidente da República, em julgamento, pelo Senado, no estrito rito definido pela Carta de 1988. A ardilosa chicana produzida em 2016 afastou Dilma Rousseff do poder, mas garantiu-lhe os direitos políticos, corrompendo a interpretação do texto constitucional. Os eleitores de Minas Gerais corrigiram, pelo voto, o equívoco (com beneplácito do STF) “cassando preventivamente” o mandato da “ex-futura” senadora daquele estado.
Mesmo nos períodos de intensa turbulência, aprovamos um moderno Código Florestal, uma Reforma Trabalhista adaptada ao avanço tecnológico e também o limite para gastos públicos.
Exerci um mandato colaborativo com a sociedade. Assim, cinco leis de minha autoria estão em vigor e uma emenda constitucional que garantiu aumento de receita para municípios. Com emendas garanti R$ 181 milhões para 452 prefeituras e 155 hospitais do RS e economizei R$ 10,5 milhões.
Deixarei o Senado da mesma forma que entrei: ficha limpa. Repito Mário Quintana: “não venci todas as vezes que lutei, mas perdi todas as vezes que deixei de lutar”.
Fonte: Agência Senado e Assessoria de Imprensa
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